terça-feira, 1 de junho de 2010

A riqueza do ar

White Martins instala motor WEG em sistema de compressão para fornecimento de gases à CSN. Equipamento, de 14 toneladas, tem a maior potência em 2 pólos já fabricada pela WEG

A White Martins fornece gases retirados da atmosfera terrestre para serem utilizados no processo produtivo de indústrias como a automobilística, a petroquímica ou a siderúrgica
, entre muitas outras. Para separar os gases que compõem a atmosfera, o princípio é tão simples como o de uma geladeira doméstica (ver abaixo). No entanto, o processo de compressão e descompressão nestas proporções industriais é altamente complexo e necessita de componentes e equipamentos de alta tecnologia e confiabilidade. Seguindo estes requisitos, a empresa acaba de instalar um motor WEG para atender a um de seus grandes clientes, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

Dois motores de indução de rotor em gaiola importados eram responsáveis pelo acionamento dos compressores Booster da unidade T2100 da White Martins, instalada anexa à siderúrgica, em Volta Redonda (RJ). A WEG forneceu um modelo MGP12806 de 14 toneladas, para reposição de um destes motores, produzido de forma intercambiável para se ajustar às instalações elétricas e mecânicas já existentes no sistema de compressão da fábrica CSN. Na prática, trata-se da maior potência em 2 pólos já fabricada pela WEG. “Foi um desafio tanto para a White Martins quanto para a WEG”, explica Luiz Nobre, gerente de Suprimentos da White Martins.

Entre os benefícios para a White Martins estão o custo de aquisição, mais acessível que o produto importado, e a proximidade com o fornecedor, o que garante mais agilidade tanto no planejamento da solução quanto em caso de assistência pós-venda.

Em siderúrgicas como a CSN, a disponibilização de gases tem que ser realizada em tempo real, já que elementos como o oxigênio, por exemplo, são fundamentais para a produção e uma interrupção poderia acarretar até em parada na linha. Por isso, a White Martins mantém a planta de separação de gases anexa às instalações da CSN, abastecendo-a continuamente. E investe em equipamentos confiáveis, para assegurar que o cliente não tenha o fornecimento interrompido.

Como os gases da atmosfera são separados para ser usados na indústria

O processo de separação dos gases do ar em uma planta industrial tem o mesmo princípio de uma geladeira doméstica: um compressor comprime o líquido criogênico (no caso da White Martins o ar atmosférico). Essa compressão gera calor, que é dissipado pelos trocadores de calor. No congelador (Cold box) esse ar comprimido é expandido, diminuindo a pressão e “roubando calor”, fazendo a temperatura baixar a níveis abaixo de -100ºC. São várias etapas de compressão e descompressão para fazer esta redução de temperatura, deixar alguns destes gases na forma líquida, e separar o oxigênio, nitrogênio e o argônio.

Na siderurgia, o sopro de oxigênio é usado para oxidação do ferro gusa para produção do aço e para o enriquecimento da queima para aquecimento do regenerador do alto forno. O argônio é usado na homogeneização do aço e na formação do lingote de aço e o nitrogênio na laminação, por exemplo.

Além do oxigênio, o nitrogênio, argônio, hidrogênio, hélio, ou ozônio podem ser usados em fins tão diversos como a queima de combustíveis, o refino de metais como titânio, o enchimento de bulbos de lâmpadas incandescentes ou a fabricação de medicamentos, por exemplo. E movimentam um mercado que, no Brasil, em 2005, era estimado em mais de US$ 2 bilhões ao ano, segundo dados da Associação Brasileira de Indústrias Químicas (Abiquim).

Especificações do equipamento:

•Motor de indução de rotor em gaiola de 8500 HP, 13.2 kV, 2 pólos, modelo MGP12806 (MGP 800), de 14 toneladas


Fonte:http://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Produtos-e-Solucoes/A-riqueza-do-ar

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