quinta-feira, 8 de julho de 2010

Curvas dos Minidisjuntores: B ou C?

Quando nos vemos diante da necessidade de compra de um minidisjuntor (aquele mesmo que costumamos usar em nossas casas), a primeira coisa que nos vem à mente é a corrente nominal que ele deve suportar. E pronto. É o que nos diz o funcionário da concessionária de energia elétrica ao estipular um disjuntor de entrada para a residência, é o que pedimos no balcão de uma loja.

Porém, há mais que a corrente nominal. O disjuntor tem de proteger todo o circuito que vem depois dele (à jusante), e o tipo de equipamento ligado ao circuito influi no tipo de curva do minidisjuntor. Circuitos onde predominem cargas indutivas (leia-se, que possuem motores), como fogões de indução, ar condicionados, máquinas de lavar roupa e similares, comportam-se de modo diferente de circuitos cuja carga é predominantemente resistiva (iluminação, tomadas, chuveiro).

Observe as curvas abaixo:
Estas curvas mostram uma relação entre a corrente passando por um minidisjuntor e o tempo que o minidisjuntor leva para desarmar.

Observe que a Curva B desarma antes, diante de uma corrente menor, enquanto que o minidisjuntor da curva C é mais tolerante, e deixará que correntes maiores passem antes que desarme.

Por isso, quando possuímos cargas indutivas, o ideal é que o minidisjuntor utilizado seja de Curva C, uma vez que essas cargas costumam causar um pico de corrente quando partem, e o minidisjuntor curva C permite que esses picos ocorram sem desarmar e, assim, permite que a carga seja acionada.

Se usássemos um minidisjuntor curva B para estas cargas indutivas, quando elas fossem ligadas, o minidisjuntor desarmaria e não permitiria que elas partissem.

Assim sendo, fica a dica: além da corrente nominal, fique atento à carga que você quer proteger com o minidisjuntor. Se predominar cargas indutivas, a curva é C. Para cargas resistivas, a curva é B.

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